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A Vaza Toga continua

Nossa reportagem revela novos elementos sobre a operação de 23 de agosto de 2022, quando oito empresários ligados a Jair Bolsonaro foram alvo de mandados de busca e apreensão. A medida, determinada por Alexandre de Moraes, ocorreu às vésperas do primeiro debate presidencial e resultou em bloqueios de contas bancárias e redes sociais, atingindo em cheio a capacidade de mobilização do grupo.

As mensagens obtidas mostram que parte do material usado no inquérito não existia antes da operação. Prints e listas privadas do grupo Empresários & Política foram enviados ao gabinete dias depois, sem perícia oficial ou cadeia formal de custódia. O objetivo declarado era “sossegar o amigo” — expressão usada nas conversas em referência ao ministro.

Nesse processo, a jornalista Letícia Sallorenzo, conhecida como “Bruxa”, aparece atuando como colaboradora informal. Ela repassava conteúdos diretamente ao TSE, em articulação com o jornalista Lucas Mesquita, identificado como infiltrado no grupo de empresários.

Segundo o ex-assessor Eduardo Tagliaferro, Moraes pressionava sua equipe a apresentar relatórios retroativos que dessem sustentação às medidas já tomadas. Em vez de provas anteriores que justificassem a operação de 23 de agosto, o que se observa é a montagem de fundamentos posteriores, alinhados às demandas imediatas do gabinete.

Esses novos episódios reforçam as revelações anteriores da Vaza Toga: a chamada “guerra à desinformação” se consolidou como ferramenta de exceção, na qual estruturas paralelas de informação alimentaram diretamente decisões de impacto político.

Leia a reportagem completa em A Investigação: https://www.ainvestigacao.com/p/vaza-toga-a-bruxa-o-infiltrado-e

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